Made in China ou Made (baseado em) China?
Não temos os mesmos valores em se tratando de originalidade de criação, do que a algum tempo atrás. E já que não temos mais regras para a criação, poderemos reproduzir uma obra de um autor consagrado, dando-lhe um novo olhar. Exemplo como os filmes "Kill Bill" ou "Moulin Rouge", que fazem menção quase que explícita ao circo chinês ou à peças de arte moderna ou musicais contemporâneos. Não se julga mais uma obra pelo que se cria, mas como se cria.
Obviamente, se torna muito mais fácil criar algo novo sem regras formais e com o vasto conteúdo hoje disponível a servir de inspiração do que se fazer criativo dentro de um conceito definido de aprovação, como havia no período clássico. Antes, não poderíamos copiar a Monalisa e colocar um bigode, por exemplo, dando-lhe um aspecto irônico como se fez no Dada. Hoje, podemos "copiar” uma obra, alterando-a para criar uma impressão ao público, independente se estamos ou não referenciando o seu autor ou não. Podemos claramente ser acusados de plágio, porém, onde está o limite entre conceber um novo olhar a uma obra e copiá-la? Se não possuímos mais paradigmas dentro da criação não possuímos parâmetro também para julgá-la coerentemente. Creio que uma boa justificativa artística basta para estamos livres de qualquer represália, desde que sejemos também coerentes com tal justificativa. Voltamos ao “não se baseia mais em o que se cria, mas como se cria”. Devemos definir bem o conceito de cópia do conceito de embasamento artístico para uma criação posterior, pois podemos cair no erro de difamar nossa própria geração e desperceber uma estética vigente pelo bel prazer de ser reacionário.
Obviamente, se torna muito mais fácil criar algo novo sem regras formais e com o vasto conteúdo hoje disponível a servir de inspiração do que se fazer criativo dentro de um conceito definido de aprovação, como havia no período clássico. Antes, não poderíamos copiar a Monalisa e colocar um bigode, por exemplo, dando-lhe um aspecto irônico como se fez no Dada. Hoje, podemos "copiar” uma obra, alterando-a para criar uma impressão ao público, independente se estamos ou não referenciando o seu autor ou não. Podemos claramente ser acusados de plágio, porém, onde está o limite entre conceber um novo olhar a uma obra e copiá-la? Se não possuímos mais paradigmas dentro da criação não possuímos parâmetro também para julgá-la coerentemente. Creio que uma boa justificativa artística basta para estamos livres de qualquer represália, desde que sejemos também coerentes com tal justificativa. Voltamos ao “não se baseia mais em o que se cria, mas como se cria”. Devemos definir bem o conceito de cópia do conceito de embasamento artístico para uma criação posterior, pois podemos cair no erro de difamar nossa própria geração e desperceber uma estética vigente pelo bel prazer de ser reacionário.